Por: Admin
set. 19, 2016
Sustentabilidade
Eficiência Energética
Investir em tecnologias usadas em uma das mais inocentes ações do dia a dia – algo que normalmente as pessoas não reparam – pode economizar muito dinheiro dos donos de mercearias e supermercados.
Os freezers expositores consomem uma quantidade absurda de energia, e isso é inevitável – o próprio fato de terem as portas de vidro já diminuiu a quantidade de vezes que os consumidores abrem e fecham as portas. Mas há uma medida de eficiência energética sutil que pode ser inovadora e reduzir ainda mais o consumo de energia: eliminar a condensação que obstrui a visão dos produtos em seu interior.
Quanto mais a porta de um refrigerador é mantida fechada, mais benefícios traz a todos: é mais confortável para os consumidores, que geralmente não gosta do ar gelado advindo dos freezers que foram abertos várias vezes, e é econômico aos donos das lojas, que pagam por todo o ar frio que escapa enquanto as pessoas decidem com as portas abertas para os produtos que irão levar.
No cenário mundial, o Departamento de Energia dos Estados Unidos está constantemente tentando impor limites de refrigeração comercial. Assim, encontrar maneiras inteligentes de reduzir o consumo de energia em cada estágio de refrigeração vai ao encontro dessas instalações.
O problema é que manter as portas dos refrigeradores livres de condensação não é uma tarefa tão simples. O desafio ainda é maior quando o consumidor mantém a porta aberta por alguns minutos e outro chega em seguida.
É neste momento que a condensação – quando a umidade externa atinge o vidro e se transforma em gotículas de água – impede que o segundo consumidor consiga ver claramente seu interior. Ele precisa então reabrir a porta, o que faz com que o problema se repita. Essa é uma ocorrência comum em supermercados e mercearias.
A solução atual do mercado para combater a condensação é simplesmente utilizar um tipo de aquecedor para diminuir a ocorrência do processo. Entretanto, gerar calor em um ambiente propositalmente gelado para manter os produtos visíveis não é uma solução muito prática – nem muito lógica. Produzir calor custa dinheiro por si só, aumenta ainda mais o calor na cabine e faz com que seja mais difícil manter a baixa temperatura necessária.
A Clear Energy, em parceria com a Celanese Corp, afirma ter uma ideia melhor para resolver o problema, o chamado Clarifoil. Trata-se de uma fita de acetato de celulose que adere à parte interna da porta de vidro.
A empresa diz que a tecnologia – usada em outros produtos, como nos visores de capacetes e óculos de esqui –permite a absorção da umidade e ação em superfícies hidrofílicas espalham a condensação em finas camadas transparentes.
Os produtores dos equipamentos atuais utilizam uma película de revestimento como alternativa para ter eficiência energética. Essa é, entretanto, uma falha técnica, pois o revestimento é danificado até mesmo por uma única aplicação de produtos limpos-vidros. Nesse sentido, abre-se assim uma oportunidade de retrofit para o mercado.
É dizer precisamente quanto esse método pode ser difícil de economizar. Um estudo baseado em um freezer de exposição com cinco portas com área de superfície total de 5,6 m². O custo de instalação foi de 984 dólares.
Os pesquisadores calcularam os custos de eletricidade considerando 0,137US$/kWh, e descobriram uma economia de cerca de 428 dólares por ano com tempo de retorno em aproximadamente 2,3 anos.
O desafio de evitar a condensação é mais extremo em climas úmidos, e é onde está a maior parte dos protótipos da companhia. Os projetos de implementação seguem com quatro redes de lojas em Nova York, Carolina do Norte, Nova Jersey e Califórnia.
Fonte: Energy Manager Today